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Relacionamentos extraprofissionais no ambiente de trabalho


Artigo retirado do Jornal Carreira e Sucesso, muito interessante!

Boa Leitura!







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Maiara Tortorette






Um assunto polêmico e com pouca literatura para se consultar é aquele que trata das relações extraprofissionais no ambiente de trabalho. Tão polêmico quanto incômodo, o fato é que, mesmo que se diga não há nada de errado no relacionamento informal entre duas pessoas que trabalham na mesma empresa, o tema gera controvérsias e, sobretudo, requer cautela.






É impossível prever quando uma convivência de oito a doze horas diárias vai se desdobrar em uma nova forma de relação, portanto, uma vez fato, adequar a situação ao interesse de todos não é tarefa das mais fáceis, mas é imprescindível que seja considerada.






Para Carlos Bitinas, sócio da DRH Talent Search, não há como definir a situação como adequada ou não, pois se trata de um fenômeno natural. A avaliação sobre essa perspectiva só pode ser realizada a partir do código moral de cada empresa, ou seja, do que é aceito ou não em cada organização. “Cada ambiente possui seu próprio código; ninguém vai à igreja gritar e nem ao estádio de futebol rezar, por exemplo”, define Carlos. “Tem empresas que são mais conservadoras e tem dificuldade em lidar com isso, outras já conseguem enxergar essa questão como algo normal e administrável, inclusive”.






Conhecer o local de trabalho é o primeiro caminho para que tudo ocorra de maneira tranquila. Carlos acredita que à medida em que a relação entra em conflito com a cultura da empresa, ela se torna prejudicial. “Se a questão não for bem tratada pelo casal, ou seja, se eles não tiverem habilidade para lidar com tudo isso, pode sim ser negativo para a carreira. É aconselhável que, tanto funcionários quanto empresa, tratem esse assunto da forma mais verdadeira possível, o que não significa necessariamente permitir, proibir ou incentivar, mas reconhecer que relações podem ocorrer e que elas devem receber um tratamento condizente com sua importância”.






Outro fator importante é que todos tenham bom senso. Situações constrangedoras devem ser evitadas, principalmente no ambiente de trabalho. “O relacionamento mantido dentro da empresa não deve ter intimidades, proteção ou regalias”, explica Patrícia Heine, sócia da loja Abitari. “Vale ressaltar que ambos estão dentro da mesma organização e consequentemente são colegas de trabalho, assim, qualquer manifestação de carinho ou briga devem ser deixados para outros locais. O casal deve ter em mente que ambos possuem obrigações e precisam exercer suas funções, evitando qualquer interferência”.






Proibir ou conscientizar?






Se tratando de relacionamentos deste nível, proibir não é o único caminho. Daí a preocupação das empresas em buscar a melhor forma de orientar seus colaboradores, sem deixar margem para dúvidas ou a postura de intransigência diante de um assunto tão delicado, e que diz respeito exatamente aos seus recursos humanos.






Existem diversas maneiras de se apresentar a cultura da organização aos funcionários, mesmo porque pessoas são contratadas quase que diariamente, e é importante que parte desta cultura seja conhecidas desde o primeiro dia.






“É muito importante que o código moral seja aberto aos funcionários para que eles não tenham dúvidas do que a empresa gosta, admite ou não", menciona Carlos. “Pode parecer simples, mas não é, porque grande parte deste código não é escrito, nem conhecido. A organização deve se esforçar para que seus valores sejam mais transparentes, já que este é o ponto inicial para que as coisas sejam facilitadas, além de criar ferramentas dentro da sua prática de gestão de pessoas, de acordo com a própria cultura da organização”.






De acordo com a psicóloga Mariana Chalfon, a proibição não diminui as chances de que algo aconteça, e além do mais, cria um relacionamento de desconfiança entre os colaboradores e os líderes. “Vetar o surgimento de casais dentro da organização ou esconder um relacionamento são ações complicadas. Acredito que o melhor caminho seja sempre a comunicação”, conclui.






Tolerância, bom senso e cultura transparente são os ingredientes necessários para um bom relacionamento organizacional, principalmente diante de situações inesperadas como essa, quando serão ainda mais importantes. “Em casos de tristeza, seja com namoro ou futebol, por exemplo, o profissional deve fazer o possível para que suas emoções não afetem sua produtividade e seu convívio no ambiente organizacional. O gestor, por sua vez, deve saber lidar com esse tipo de situação por ser uma questão humana que permeia o ambiente corporativo”, finaliza Carlos.



Fonte: Jornal Carreira & Sucesso - 399ª Edição

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0 Apaixonadas Comentaram:

Eu que fiz!!!! ☺